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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dia de SAÚDE

COMER MELHOR


Como colocarmo-nos na trilha do comer saudável e nos mantermos nela ?
O que é forçado pode até ser realizado, mas não o será por muito tempo. Melhorar a alimentação é um processo, um formar de novas ações... para transformações maiores. 

O organismo aceita novos comandos... mas só manterá os ajustes se tiver tempo para incorporá-los, alterando seu modus operandi. Não desenvolvemos esses mecanismos instantaneamente, através de cortes amplos e abruptos. Ninguém se transforma no susto !... Apenas reage, momentaneamente, tendendo a voltar ao ponto de partida, retomando sua zona de acomodação.

Para nos transformarmos - com alterações de conduta, incorporação de hábitos - ter algum prazer é importante mola propulsora que, junto à flexibilidade, impele-nos adiante. Prazer acalma, abastece e motiva. Nenhum esquema que nos prive totalmente dele tem condições de sucesso. Será o desejo brigando com as forças biológicas, tentando vencer um sistema funcional de anos, da noite para o dia. Será a força de vontade lutando com a neuroquímica de hormônios e neurotransmissores: o desejo pedindo “x” e o corpo pedindo “y”... até que vencem as contingências biológicas. Não é natural que permaneçamos sob pressão por muito tempo sem buscar uma válvula de escape.

Quando procedemos a reformas alimentares paulatinas damo-nos condições de incorporar as mudanças. Processando paulatinamente as alterações o próprio organismo se auto-ajusta.

Nenhuma transformação ocorre de repente. Nossas dificuldades não desaparem em estralar de dedos. Ninguém deita um e acorda outro, só porque assim o deseja. Iniciamos os processos de mudanças sendo a pessoa que éramos antes.

Escolhas não são mágicas, mas instrumentos de reeducação e reprogramação. Se as implementamos com tranquilidade, numa sequência, resultarão em modificações concretas... com condições de manutenção. A qualquer expectativa diferente denominamos ilusão.

Não é demais repetir: os ajustes devem ser progressivos. Revoluções repentinas geram anarquia. Realizar alterações sucessivas, paulatinas substituições, permite o intercâmbio entre prazer antigo e prazer novo sem tortura.

O bem-estar passa a ser, aos poucos, sentido em âmbito amplo: funcionamento intestinal,  desenho corporal, disposição... traduzindo as transformações internas. 

É possível incorporar novas condutas, criar novos hábitos, desenvolver novos mecanismos, sem o impacto e o mal-estar das grandes rupturas.

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