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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dia de SAÚDE

SOBRE O SONO


Todo mundo sabe que dormir oito horas por dia é um hábito saudável. O que poucos sabem é que descumprir essa regra simples envelhece, facilita o acúmulo de gordura, propicia o surgimento de infecções e aumenta as chances de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes. Os efeitos imediatos de uma noite mal dormida, como mau humor, raciocínio lento e diminuição de coordenação motora, não são psicológicos.

A comunidade industrializada vive uma endemia de privação de sono. E quem dorme pouco costuma alardear o feito com orgulho. Os efeitos disso são cada vez mais estudados e surpreendentes.

Tomografias do cérebro de jovens privados de sono mostram redução de metabolismo nas regiões frontais ( responsável pela capacidade de planejar e executar tarefas ) e no cerebelo ( responsável pela coordenação motora ). Estudo realizado pela Universidade de Stanford ( EUA ), mostra que dormir pouco tem efeito psicomotor semelhante à embriaguez leve. Pessoas que não dormiam há 19 horas cometeram mais erros do quem apresentava 0,8g de álcool por litro de sangue - o equivalente a 3 doses de uísque.

A longo prazo, a privação de sono pode comprometer seriamente a saúde. É no período noturno que hormônios importantes ao funcionamento do corpo - como leptina, hormônio do crescimento e cortisol - são secretados. Dormir pouco "bagunça" seu ritmo de liberação e o corpo sente os efeitos.

O hormônio do crescimento ajuda a manter o tônus muscular, evita o acúmulo de gordura, melhora o desempenho físico e combate a osteoporose. Seu pico de secreção ocorre na primeira fase do sono profundo, aproximadamente meia  hora após a pessoa dormir. Estudo da Universidade de Chicago, publicado no ano passado, mostra que pessoas que dormem pouco reduzem o tempo de sono profundo e, conseqüentemente, a secreção desse hormônio. Tem-se feito reposição hormonal para suprir a falta do GH ou diar o envelhecimento, o que é bastante caro e acarreta outros efeitos, colaterais.

A leptina, hormônio que atua no controle da sensação de saciedade, é produzida em menor quantidade nas pessoas que dormem insuficientemente. Resultado : o corpo sente necessidade de ingerir alimentos além da conta - comprovado pela Universidade de Chicago.

As chances de desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares também aumentam. Estudo publicado na revista Lancet, mostraram que homens que dormiram 4 horas por dia, em uma semana, apresentaram intolerância à glicose - estado pré-diabético. A falta de sono inibe a produção de insulina pelo pâncreas e altera a liberação de cortisol. Essa queda aumenta também os riscos de infecção e doenças cardiovasculares. A capacidade de combater infecções é duplamente comprometida porque a quantidade de glóbulos brancos no sangue é outra função afetada pela falta de sono.

E não basta dormir as horas recomendadas. É preciso dormir bem essas horas. A qualidade do sono é tão importante quanto a quantidade.

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