COMUNICAÇÃO CELULAR
Pesquisadores perceberam, por uma série de experiências, que pensamentos são capazes de estabelecer as condições de funcionamento do sistema imunitário, que deve proteger o organismo contra agressões externas, diferenciar o que é próprio do que é estranho e manter o equilíbrio interno. Verificaram que animais de laboratório, submetidos a condições diversas de estresse, tinham uma queda acentuada na função imunitária. Isso os expunha a mais doenças e, muitas vezes, determinava sua morte.
Entre seres humanos, comprovou-se que pessoas que viviam em tensão psicológica elevada tinham mais surtos de resfriados, que duravam mais dias, do que pessoas com baixo nível de tensão psicológica.
Percebeu-se, então, que o sistema imunitário é manipulado pelo sistema nervoso sob a influência dos pensamentos. Daí, surgiu a psiconeuroimunologia.
Numa observação com homens, que cuidaram de suas esposas com câncer de mama em estado terminal, evidenciou-se que seu sistema imunitário estava em ordem até a morte das mulheres. A partir daí, apresentava diminuição de sua capacidade funcional, o que acarretava o adoecimento dos homens e a morte de diversos deles. Os cientistas indagaram, diante disso, como o sistema imunitário tomava conhecimento da tristeza e aparentemente ficava triste também.
Receptores e mensageiros:
Sabia-se que as células imunitárias tinham moléculas proteicas na sua superfície, chamadas receptores, encarregadas de captar moléculas de substâncias que circulam pelo corpo. Pesquisas revelaram, porém, que esses receptores estavam espalhados também pelo cérebro, medula espinhal, rins, intestinos e, finalmente, por todos os tecidos do organismo. E que eram capazes de reconhecer qualquer tipo de substância que o organismo produzisse.
Depois, começaram e ser descobertas as substâncias químicas produzidas no cérebro pelos pensamentos e que eram enviadas a todas as células e reconhecidas pelos receptores. Essas substâncias, chamadas neurotransmissores formam, juntamente com os receptores celulares, o que a bióloga Candace Pert descreveu como uma rede psicossomática de comunicação mente-corpo.
Traduzindo: esses mensageiros químicos produzidos no cérebro pelos pensamentos viajam também através dos nervos e levam as células a funcionar conforme as notícias que carregam, como se fossem carteiros a entregar cartas com notícias boas ou más. Isso demonstra como tensões, tristeza, depressão, raiva e outros estados emocionais podem desencadear doenças. Por trás de cada condição dessas estão os pensamentos, que as estimulam.
As células bombardeadas durante longos períodos por mensagens de tensão, alteram para pior seu funcionamento. A conseqüência natural é seu desequilíbrio progressivo e a formação do que se chama doença, que primeiro se manifesta no funcionamento para, depois, provocar mudanças na estrutura.
As células recebem, pelas terminações nervosas, os mensageiros químicos, que lhes comunicam o que está se passando de positivo ou negativo na mente da pessoa.
Quando as notícias são negativas, de estresse, os vasos se contraem ou se dilatam, aumenta a secreção de determinados hormônios, diminui a defesa e a pessoa fica propensa a gerar sintomas pelas alterações a que está submetida. Daí, pode haver alterações anatômicas, que vão se traduzir como uma inflamação, um ressecamento, um excesso de oleosidade, uma descamação exagerada, um espessamento, etc... até caracterizar uma doença propriamente dita.
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