OSTEOPOROSE
A osteoporose é um dos fantasmas que assombram as mulheres na pós-menopausa. A doença causa um tipo de degeneração óssea para o qual não há cura, só paliativos. Os sintomas iniciais e mais perceptíveis são perda de altura e forte dor nas costas. Com os ossos enfraquecidos, as vítimas da osteoporose podem sofrer fraturas graves, principalmente de costelas, quadris, punhos e espinha dorsal.De cada quatro diagnósticos, três são realizados somente depois da primeira fratura, quando há muito pouco a fazer. A arma mais eficaz contra a osteoporose é a prevenção. Ou seja, muito cálcio, vitamina D e ginástica moderada. Essas medidas devem ser adotadas desde a juventude. Explica-se: cerca de 90% da estrutura óssea é formada até os 20 anos. Quanto mais sólido for seu processo de calcificação, menor será o risco de a doença se manifestar mais tarde. É como quem poupa dinheiro para uma aposentadoria tranquila.
Na verdade, a osteoporose é o acirramento de um fato natural. A partir dos 35 anos, toda mulher perde massa óssea. A perda maior ocorre nos primeiros dez anos depois da menopausa. Isso porque o organismo feminino fica sem a proteção do hormônio estrógeno, que estimula justamente a formação de massa óssea. Uma perda de até 10% nesse período é considerada normal. Entre 10% e 25%, entra-se na fase da osteopenia, um estágio anterior à osteoporose em que ainda é baixo o risco de fraturas. As que sofrem da doença têm uma perda bem mais comprometedora, acima de 25%. Recomenda-se que entre 30 e 40 anos seja feito um exame de densitometria óssea, para verificar se já há indícios do problema e servir de base para comparações futuras. Máquinas de última geração conseguem medir perdas de massa óssea mínimas, de até 2%. Se a propensão à doença for identificada com alguma antecedência, é possível minorar seus efeitos. O tratamento mais empregado é a reposição hormonal. A administração de hormônios sintéticos reduz os riscos de fratura em até 70%. Usados por muito tempo, no entanto, aumentam a probabilidade de surgimento de câncer de mama e de colo do útero. Nos últimos anos, chegaram às farmácias brasileiras drogas capazes de retardar a ação da doença. As taxas de sucesso desses medicamentos chegam a 65% e eles não apresentam os riscos dos hormônios.
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